26. ESPERANÇA
˖࣪ ❛ ESPERANÇA
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OS TRÊS NÔMADES se entreolharam enquanto continuavam a ver a casa dos Cullen, as luzes dos quartos estavam apagadas, mas as de fora continuavam acesas, que estranho: todos pensaram. Então Victoria pulou entre as árvores para pousar na varanda, o silêncio era constantemente interrompido pelo ronco alto de algum homem da casa, porém isso não fazia sentido.
A ruiva abriu a porta de vidro do quarto e percebeu que aquele era um quarto de menina, os bichos de pelúcia, a cor rosa, os milhares de brinquedos e as fotografias na parede entregavam o habitante daquele quarto. Victoria começou a se aproximar da cama, onde uma garotinha de cabelos loiros encaracolados dormia profundamente com um bichinho de pelúcia que era um cachorro marrom muito grande.
Seu aroma, tão doce e suave como o de qualquer bebê, era inebriante, então ela se inclinou um pouco mais perto dela, mas então seus olhos se abriram de repente mostrando ao nômade a cor azul celeste platinada que os adornava, Meredith abriu a boca para ela gritou mas então Victoria colocou a mão sobre a boca para silenciá-la.
— Cale a boca. — a ruiva ordenou em um grunhido, apertando-a ainda mais. Agora ela tinha duas opções, sair o mais rápido possível antes que a garota fosse contar aos Cullen ou matá-la. A ruiva sorri de lado, mas aquele sorriso não era tão doce ou gentil como os que Meredith estava acostumada.
— Victoria. — Laurent chamou do lado de fora. — Deixe a garota em paz.
— Cale a boca. — James diz vindo para o seu lado. — O sangue dela é simplesmente requintado...
Meredith começa a lutar contra a ruiva, mas ela a segura com mais força, Victoria engasga de dor no momento em que a mão de Meredith é colocada sobre a dela, foi nesse momento que a garotinha tenta fugir, mas sem sucesso.
Victoria deixou de ter cuidado com a menina depois disso, e a pequena Meredith não sabia de qual dos três deveria ter mais medo. A ruiva puxou a mão de Meredith, forçando-a a avançar pela terra molhada, suas meias de urso estavam completamente molhadas e sujas e começavam a doer.
— Se você abrir a boca de novo, juro que vou arrancá-la. — James ameaçou, andando na frente deles. — Você realmente tinha que trazê-la.
— Bem, eu não vi que você pudesse pensar em mais nada, James. — Victoria disse a ele, soltando a mão da garota para começar a discutir com ele.
Meredith olhou para os dois com seus olhos enormes, a escuridão da floresta a fez desejar que seu pai estivesse ali para protegê-la mas ele não estava ali, ela estava sozinha.
— Corra . — disse um sussurro que parecia vir do vento. Ela olhou em volta esperando ver alguém escondido nas árvores. — Corra. — desta vez parecia ser mais do que apenas o vento, talvez as árvores também tenham participado.
A garotinha olhou para seus sequestradores, os três estavam discutindo sem prestar atenção nela, então Meredith saiu em silêncio sem virar as costas para eles, logo ela entrou no mato e ficou fora da vista daquele trio. Era estranho o jeito que a natureza agia, havia um caminho e as árvores pareciam se mover para dar lugar, ela o seguiu.
Quando os três perceberam a ausência da garota, James sugeriu que fossem embora, Laurent achou que procurá-la era uma boa ideia, Victoria convenceu James que se a encontrasse deixaria beber de seu sangue, James aceitou.
Meredith não sabia quanto tempo passou caminhando, mas sabia que estava longe de casa quando avistou o rio, então ouviu as vozes daqueles três, chamando-a através da escuridão. Seu coração começou a bater forte, ela fechou os olhos e quando os abriu havia uma pequena ponte feita de pedras enormes, ela atravessou sem pensar, quando chegou à margem James estava do outro lado, ele estava pronto para atravessar, seu olhar tão frio e macabro fez Meredith soluçar, então as pedras da ponte caíram na água e James foi levado pela correnteza.
A garota ficou por alguns segundos observando enquanto Victoria estava pronta para pular para ir atrás dela, então Meredith se afastou entre os arbustos e correu o mais rápido que suas pernas curtas permitiam, ela só queria ir para casa.
Mas não foi tão rápido, mãos frias como gelo a seguraram com força e ela gritou ao ficar suspensa no ar.
— Tudo bem, já chega. — rosnou o loiro.
— James.
— Agora não! — ele exclamou com força, assustando-a.
— Peitos gandes..
— Suas últimas palavras? Que fofo. — ele zombou, então Victoria o chamou. — O QUE VOCÊ QUER, MALDIÇO-...
James se virou encontrando 3 lobos muito grandes, Meredith nunca tinha visto tal coisa, mas então seu corpo caiu no chão frio e úmido de repente. A menina recuou ao ver os lobos, mas então algo dentro dela lhe disse que não havia nada a temer, ela aproveitou a distração para rastejar pelo chão como um verme e se esconder.
Meredith cobriu os ouvidos com os grunhidos e batidas altas que podiam ser ouvidas. Quando ela poderia ir para casa? Ela se perguntou, então o barulho parou e ela ouviu passos se aproximando.
— Para onde ela foi? — perguntou uma voz de um homem que ela não conhecia.
— Eu não sei. Não poderia ter acontecido... — ele começou antes de gesticular com a mão para que permanecessem em silêncio. Ele recuou um pouco e se agachou, no buraco de um tronco caído, estava a menininha, ela parecia assustada e com o dedinho indicador nos lábios pediu para ele ficar quieto. — Eles já se foram. — garantiu, ele era bem grande, não tão grande quanto o seu pai, também tinha um pequeno sorriso e seus olhos cor de chocolate lhe davam confiança.
— Promete? — ela perguntou e ele sorriu, balançando a cabeça. Meredith suspira e rasteja de barriga ao longo do tronco, então chega ao fim do que parecia um túnel e se vê cercada por três jovens. Os três viram a menina caída no chão, quem falava com ela ajudou-a a se levantar.
— Você está bem? — um deles perguntou.
— Sim. — ela disse com um sorriso, tentando tirar a sujeira do pijama, mas foi inútil por causa da água.
— Leve-a para a casa de Emily. Amanhã procuraremos a família dela. — disse ele com autoridade para os dois.
— Por favor. — disse ela, chamando a atenção dele, o jovem olhou para ela confuso. — Mamãe diz que você tem que pedir as coisas dizendo por favor.
A dupla ri de seu alfa, que aparentemente estava sendo repreendido por uma garota de não mais de 5 anos de idade.
— Jared. Você pode, por favor, levar... — ele para por um momento e olha para ela novamente. — Qual o seu nome?
— Me'edith Elizabeth Cullen. — ela disse com um sorriso e os três pareciam tensos em seus lugares.
— Medit?
— Meredith, seu idiota. — disse o outro com aborrecimento. — Certamente aqueles sanguessugas roubaram essa pobre garota
— Paul, não dramatize. Tenho certeza de que há uma explicação. — falou outro.
— Qual é o seu nome? — Meredith perguntou.
— Eu sou Sam. — ele disse a ela, ignorando seu beta e Paul.
— Posso ir para casa? Estou bem. — ela perguntou, olhando para cima com um grande beicinho e os olhos de cachorrinho mais tristes que Sam e os outros já tinham visto.
Sam assentiu, pegando-a nos braços. Meredith se perguntou como era possível alguém irradiar tanto calor, mas ela não reclamou porque era muito reconfortante, principalmente depois de ter sido forçada a sair de casa e andar descalça na lama.
— O que você estava fazendo na floresta a esta hora, baixinha? — Paul perguntou atrás deles.
— Hum. Eu estava em casa dormindo e eles vieram e me levaram. — ela responde com tristeza.
— E seus pais? — Sam perguntou.
— Dormindo.
Assim que chegaram na casa, Meredith percebeu que não era igual à dela, não tinha tantas janelas e era mais quente que a dela.
Para sua surpresa, a luz da cozinha estava acesa e havia uma pessoa ali.
— Levantei para pegar água e acabei fazendo um lanche para vocês... — disse uma voz calorosa e feminina. Meredith viu a mulher dona daquela voz, ela era bonita apesar da cicatriz no rosto. — Oh. Quem é essa linda? — ela perguntou quando viu Meredith.
— Meredith Cullen. — Sam disse, olhando para sua noiva. — Por que você não vai com Emily para trocar de roupa?
— Claro. Vamos, linda... — Emily disse estendendo os braços para pegá-la.
A menina não largou a mão em nenhum momento, a mulher limpou o seu rosto com um pano com água morna, ela também teve que ajustar as roupas para que a menina pudesse vesti-las, encontrando uma calça e ajustando-as tinha sido muito difícil, mas seria útil pelo menos até que suas roupas estivessem secas e limpas. Além disso, Emily curou a ferida na perna.
— Como aconteceu isso? — ela perguntou, sentando-a em uma cadeira de madeira no banheiro para procurar o que precisava em seu armário de remédios.
— Eu estava cansada... — Meredith respondeu. — E ele me fez cair em uma pedra... — ela diz, fungando enquanto Emily começa a limpar o ferimento. — Então ele pulou em mim e e- e ele queria me machucar...
— Não, não chore, princesa. — Emily disse suavemente enxugando as lágrimas. — Você está seguro agora, ok?
Meredith assentiu com a cabeça e Emily a pegou nos braços novamente antes de sair do banheiro, eram 4 da manhã e não demorou muito para Meredith adormecer completamente antes mesmo de chegar na sala, tinha sido uma noite muito ruim para ela e só ela sabia o quão ruim tinha sido.
Na manhã seguinte, Meredith acordou, em um quarto que não era dela, o sol brilhava diretamente e Alice não estava lá para lhe desejar bom dia.
— Bom dia, dorminhoca. — disse a voz calorosa de Emily entrando no quarto.
— Bom dias. — ela cumprimenta, esfregando os olhos.
— Trouxe seu pijama e suas meias. Muito fofo com orelhas de urso. — Emily diz a ela, deixando o pijama cuidadosamente dobrado ao lado dela.
— Obrigada, Emily. — agradece a menina com um sorriso.
— Você precisa de ajuda para se trocar? — ela perguntou e Meredith balançou a cabeça.
— Ok. Assim que estiver pronta, você pode ir para a cozinha tomar café da manhã. Você gosta de panquecas? — ela perguntou e Meredith acenou com a cabeça fazendo seu cabelo loiro se mover freneticamente. Emily ri com ternura. — Muito bem então vou te esperar, você tem que ser rápida porque assim que aqueles três chegarem vão acabar com tudo.
Meredith abriu os olhos rapidamente, e saiu correndo da cama de pijama para o banheiro. Emily ri e não imagina como alguém iria querer machucar uma criatura tão pequena e indefesa, o pensamento só a deixou doente. A garotinha era boa em puxar conversa, no caminho da sala para a cozinha, Meredith já havia contado a Emily como seu colega de classe havia estragado seu bichinho de pelúcia Scooby Doo e como mais tarde ele quis roubar seus biscoitos de chocolate que sua avó havia feito para ela e sua melhor amiga.
Emily ajudou Meredith a subir na cadeira e sentar com um prato na frente dela. A mulher deixou para ela duas panquecas grandes com morangos e mel no prato, e ao lado um copo de leite com chocolate.
— Uau. Alguém chegou antes de nós para o café da manhã. — Paul zombou ao entrar na casa.
— Bom dias para vocês. — disse a menina antes de morder a panqueca.
— Bom dia, Meredith. — Jared disse com um sorriso, sentando-se ao lado dela. — Oh, eles parecem deliciosos... Eu também quero os meus preparados assim.
— Claro. — Emily disse com um sorriso passando um prato com 4 panquecas, mas completamente vazio.
Meredith ri da cara indignada de Jared assim como os outros. Os 4 poderiam ouvir Meredith por horas e horas se pudessem, a garotinha tinha boas histórias e era muito curiosa, ela também se surpreendia facilmente e isso era adorável.
— Quem quer mais panquecas? — Emily perguntou da cozinha.
— Eu! — todos exclamaram, até Meredith levantou a mão e Paul, que estava ao lado dela, fez cócegas nela cutucando suavemente seu lado, fazendo-a rir.
Emily colocou o prato com pelo menos 5 panquecas no centro, mas ninguém esperava que Meredith estendesse a mão sobre a mesa e puxasse o prato em sua direção.
— Muito obrigada. — disse a menina pegando o frasco de mel, todos olham e ela percebe. — Você deveria comer mais, vocês parecem com fome.
Só para esclarecer, nenhum lobo vai ter um imprinting com Meredith.
E espero que tenham gostado da capa, ela foi feita pela walkthdead.
Espero que tenham gostado! ❤️
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